Não é fácil tecer qualquer opinião sobre o que o Mundo está vivendo. São fatos que repercutirão por séculos, cuja lembrança será de uma luta da humanidade contra um vírus que parou o Mundo, gerou mortes e deixou a economia mundial abalada.
As incertezas geradas não são apenas referentes a saúde individual de cada cidadão espelhado pelo Mundo, mas de como as economias irão reagir após esse período de luta contra um inimigo invisível a olho nu.
Por mais difícil que esteja, com diversas decisões a serem tomadas, principalmente para definirem qual o ponto de inflexão da curva da contaminação do vírus e de quando a vida das pessoas poderá retornar a uma normalidade, é necessário que os micro e pequenos empresários sejam o máximo racionais nessa hora.
E como tomar decisões num ambiente de tantas incertezas?
1- TOMADA DE DECISÕES NUM AMBIENTE DE INCERTEZAS
Provavelmente serão dois momentos dessa crise:
- A crise em si com a paralização dos meios de produção, serviços e atividade econômica no geral, e;
- O pós crise que será um diagnóstico do tamanho das perdas que existiram durante a crise.
A crise em si já existe. Decisões do Governo Federal foram tomadas com a tentativa de garantir o máximo possível da demanda. Está sendo distribuído ajuda financeira aos informais e profissionais autônomos, diferimento de impostos, crédito a baixo custo, subsídios na suspensão dos contratos de trabalho com a União pagando parte do salário dos trabalhadores CLT, dentre outras medidas.
O pós crise vai ser um momento de retomada da economia e de entender quanto foi perdido nesse combate ao Covid-19. Há previsões de que o país volte a crescer em cinco meses. As expectativas de crescimento do PIB para 2021 são de 3,10% no ano, segundo o último Relatório Focus do Banco Central que apresenta as expectativas de mercado para inflação, câmbio, PIB e taxa de juros.
Mas como os micro e pequenos empresários conseguiriam se manter até que a normalidade do faturamento de suas empresas retorne ao normal ou ao mínimo necessário para sua continuidade? É preciso se capitalizar!
2- NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
Uma das maiores dificuldades de micro e pequenas empresas é ter capital de giro. Normalmente não possuem rigorosos controles financeiros e a forma de gestão é familiar. E como ter capital de giro se a empresa não está faturando?
Foram disponibilizadas linhas de crédito com baixo custo de capital. O eu isso quer dizer? Os juros cobrados estão a 3,5% ao ano. É uma taxa praticamente de 0% ao ano, se for considerado o desconto da inflação.
Os micro e pequenos empresários que possuem dificuldade de caixa, assim como já possuam empréstimos e financiamentos a pagar, podem se utilizar dessa linha de crédito para substituírem créditos com juros remuneratórios com custo de capital mais alto, por um crédito de baixo custo e que poderá ajuda-los a se manterem pelo tempo necessário até que a economia reaqueça.
Agir com racionalidade é fundamental nessa crise. Entender que é necessário ter capital para girar as empresas é algo que poderá garantir a sobrevivência dos negócios durante essa crise.